Profilaxias: Tratamento de Controle e Manutenção
A Saúde Gengival está atrelada a vários problemas sistêmicos, por isso, deve-se procurar periodicamente o seu dentista para verificação de seu estado. Além disso, a manutenção de próteses, implantes, lentes, restaurações e outros garantem o seu investimento, e a sua saúde.
A fase de manutenção é indispensável para evitar a recidiva da doença, o que se alcançará mediante medidas adequadas para cada indivíduo. Se as três fases de educação do paciente são importantes, será na manutenção, “terceira fase”, que se colherão os resultados advindos das fases anteriores. Os pacientes serão informados de que a conclusão do tratamento não representou a obtenção de cura absoluta, por isso os controles periódicos ou tratamento periodontal de manutenção fazem parte do tratamento periodontal e previne a recidiva da doença. Não é, portanto, opção terapêutica, mas sim, uma “necessidade terapêutica”. A propósito LINDHE; NYMAN 51 1975; AXELSSON; LINDHE 61981; e RAMFJORD 70 1987 documentaram de maneira expressiva que o controle impróprio da placa, após a terapia periodontal, resultará sempre em fracasso. Nesta fase, não bastará que o profissional realize uma simples profilaxia e aplicação tópica de flúor. Serão necessárias novas explicações para remotivá-lo, na medida em que ocorrer o novo exame clínico.
Nesta fase, não bastará que o profissional realize uma simples profilaxia e aplicação tópica de flúor. Serão necessárias novas explicações para remotivá-lo, na medida em que ocorrer o novo exame clínico. A essa altura, o paciente poderá entender-se e relacionar-se com os achados clínicos de maneira mais receptiva. Novas anotações deverão ser feitas na ficha clínica e comparadas com as anteriores, para efeito de acompanhamento longitudinal de profundidade de sulco e bolsa, mobilidade, oclusão, pontos de sangramento e áreas com placa. Será o momento em que o terapeuta estará apto a discutir com o paciente o sucesso ou insucesso do tratamento. Descreveram, ainda, que é de todo recomendável o profissional adotar um fichário para controle e manutenção dos pacientes tratados, nele constando dados essenciais sobre consultas e reconsultas. Na nossa clínica utilizamos microcomputadores com o software da Prodent, permitindo nos uma boa programação de rechamada dos pacientes para o tratamento periodontal de manutenção.
Esta fase é tão importante que se pode afirmar que o tratamento periodontal e reconstrutivo não deve ser realizado se a fase de manutenção não puder ser garantida em longo prazo, pois o risco de recidiva da doença estará sempre presente. Por isso, os intervalos dependem de vários fatores e devem ser estabelecidos para cada indivíduo, vinculando-se ao grau de higienização bucal e predisposição à doença (RAMFJORD et.al. 72 1982; RAMFJORD 70 1987). A profilaxia profissional remove a placa bacteriana supragengival antes de sua maturação e transformação em flora bacteriana anaeróbica. Demora algumas semanas, após a raspagem, para que a placa se restabeleça. Portanto, faz-se necessário remover a placa bacteriana nova, com o intuito de prevenir a doença periodontal (SAVIT; SOCRANSKY 79 1984).
Muitos autores (LINDHE; NYMAN 511975; AXELSSON; LINDHE 61981; RAMFJORD et.al. 72 1982; e RAMFJORD 70 1987) advogam a necessidade de retornos a cada três meses após um programa intensivo de controle de placa, o que proporcionará resultados clínicos aceitáveis, embora com variações na eficiência dos cuidados domésticos de higiene bucal. Noventa dias após a reavaliação, constatado sempre mediante alerta do software do computador, será enviado aos pacientes correspondência de rechamada para controle e manutenção do tratamento periodontal.
Manutenção de Implantes
Faz-se necessário um rigoroso e eficiente programa de manutenção das restaurações Implantossuportadas. Cumpre salientar ainda que, muitas vezes, essas restaurações implantossuportadas instaladas na cavidade bucal dos pacientes, apresentam configurações diferentes daquelas que habitualmente os pacientes estão acostumados: barras para prótese implantorretidas, pilares angulados emergindo em áreas sem mucosa ceratinizada e espaços interdentais amplos que facilitam tanto o acúmulo de restos alimentares quanto a higienização por meio de escovas interdentais. Um controle efetivo deve ser administrado, de maneira personalizada, a cada situação, empregando meios químicos e mecânicos para o controle do biofilme bacteriano.
A utilização de solução de clorexidina 0,12% ou 0,2%, devido a sua substantividade, são as mais efetivas, embora apresentem efeitos colaterais como aumento de acúmulo de cálculo e manchamento das restaurações. Já o controle mecânico deve ir além do simples ato de escovar ou “limpar” a dentição, mas deve ser um ato inconsciente por parte do paciente e do próprio profissional. Muitas vezes, no anseio de suprir as deficiências do paciente, o profissional indica dois e até mesmo três modelos de escovas (escovas com cerdas macias, interdentais e escovas para prótese, com cerdas duras) ao mesmo tempo, quando na grande maioria das vezes, o paciente nem sequer foi familiarizado com a técnica correta de escovação ou até mesmo a finalidade do processo de higienização. A adequação mais precisa será aquela na qual o próprio paciente se sente confortável e capacitado a realizar. Existem ainda aparelhos elétricos que irrigam a cavidade bucal do paciente com colutórios e enxaguantes, não esquecendo ainda das escovas elétricas muito úteis aos pacientes com problemas motores.
A importância do check-up preventivo na odontologia
A Odontologia, assim como a Medicina atual, busca proporcionar aos pacientes a oportunidade de diagnosticar a doença em seu início, quando as possibilidades de cura são maiores e, proporcionalmente, com menores investimentos emocionais, de tempo e financeiros. Infelizmente, a cultura do brasileiro ainda continua atrapalhando a boa saúde, principalmente a da boca. Ir ao dentista se mostra um compromisso raro e lembrado apenas quando a dor é a grande motivação. Em outras palavras, prevenção é uma palavra quase inexistente no dicionário dos Brasileiros. Essa rotina de fugir do consultório odontológico traz consequências graves ao longo dos anos, como as caries, a doença periodontal e, atualmente, as doenças periimplantares. A falta de motivação a correta higiene bucal e a manutenção profissional é uma das causas mais comuns para a perda de dentes e comprometimento dos Implantes dentários.
No início, em se tratando da doença periodontal são diagnosticados apenas pequenos sangramentos, mas, se não forem cuidados adequadamente, evoluem para quadros mais graves, como a perda do dente e da estrutura óssea causando intenso mau hálito. Trata-se de um problema de saúde publica, pois compromete a parte sistêmica do paciente, complicando um quadro de diabetes, doenças do coração e muitas outras doenças de ordem geral. Cientificamente, isto não tem mais motivo para acontecer, basta tão e somente, ir regularmente ao dentista para evitar esses quadros alarmantes. Nos últimos anos, houve muitos avanços na Odontologia. Além da carie e doença periodontal o tratamento das Desordens Temporomandibulares estão sendo cada vez mais requisitadas.
O bruxismo é um distúrbio que atinge homens, mulheres e crianças, e pode ser uma das causas mais comuns das dores de cabeça. A excessiva pressão da mandíbula ou o apertamento dentário é sinal de que algo está errado com a oclusão do paciente. Alem dos problemas de ordem oclusal “pode ser resultado de alguma pressão emocional“. “O problema deve ser diagnosticado e tratado o quanto antes, para que não vire um distúrbio crônico, e assim, muito mais difícil de resolver”. Remédios e soluções imediatas não resolvem, no entanto o problema maior é que a maioria dos pacientes não sabe que este grande problema pode ser tratado pelo dentista.
A sociedade internacional de dor craniofacial classificou, em 1988, em Oslo, na Noruega, vários causas para as dores de cabeça. Entre elas, estão as de origem vascular; as neuralgias (dores nos nervos e suas ramificações); as dores de cabeça após trauma, infecção ou relacionadas com o metabolismo; as dores em dentes e aquelas relacionadas às desordens da articulação temporomandibular, ou simplesmente DTM. A DTM está intimamente ligada ao aparelho mastigatório, ou seja, dentes, músculos, ligamentos, articulações e ossos, e normalmente apresenta causas diversas como problemas emocionais, hormonais, locais, anatômicos e parafuncionais – hábitos não funcionais, danosos ao sistema mastigatório, aos dentes e aos implantes.
Essas condições são particulares, e devem ser diagnosticadas por dentistas e tratadas através de trabalhos restauradores ou pelo uso de aparelhos ortodônticos. Sendo assim, é importante que se faça um diagnóstico preciso para que se estabeleça um tratamento adequado. Para isso, é necessário o trabalho em conjunto de uma equipe multidisciplinar em certos casos, composta por otorrinolaringologista, neurologista, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e dentista.
Finalmente, a nossa maior contribuição para com a Odontologia ao longo de 30 anos de vida clinica e acadêmica foi no sentido de trazer grandes benefícios para os pacientes, mostrando-lhes que os felizardos que recebem consultas de manutenção regulares podem evitar e controlar as doenças bucais e manterem-se saudáveis por toda a vida..
Frequentar o dentista com regularidade pode ajudar a antever o problema e facilitar o tratamento. É comum apregoarmos que o ideal é ir ao dentista a cada seis meses, mas não é bem assim. O indicado é iniciar as visitas seguindo essa orientação, mas a regularidade será determinada pelo especialista. Algumas pessoas disciplinadas conseguem manter a higiene adequada e pode ficar muito tempo sem ir ao consultório. Outras, no entanto, precisam passar por tratamentos e devem ir com mais frequência ao consultório.
Couto; Couto; Duarte, (1997), Apud Lascala, 1997.
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